PUBLICIDADE

BC atua novamente, mas fluxo põe dólar à beira de R$1,800

Foto do author Silvio Cascione
Por Silvio Cascione
Atualização:

O Banco Central voltou ao mercado nesta terça-feira, mas não evitou que o dólar caísse para perto de 1,800 real com a entrada de recursos no país. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,88 por cento, a 1,803 real. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser negociado a 1,8005 real, menor valor desde agosto de 2000, no pregão à vista da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O BC realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista pouco depois das 12h. Ao contrário da véspera, porém, a operação não deu combustível para o dólar. Segundo agentes do mercado, a compra foi tímida --com aceitação de pelo menos duas propostas-- e por isso não fez frente ao ingresso de divisas nesta sessão. "Um volume razoável de moeda está entrando no mercado hoje. Não fosse a entrada pontual do BC, a moeda ia cair mais ainda", disse Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros. A entrada de moeda no país também foi citada na véspera como justificativa para a volta do BC aos leilões após quase dois meses sem atuar. Entre analistas, a expectativa é de que, com a melhora do mercado externo e o restabelecimento do fluxo positivo, a autoridade monetária precise retomar as operações de forma rotineira para enxugar o excesso de dólares. "É aquilo que já vinha fazendo antes da crise e voltou a fazer face a essas entradas maciças que estão ocorrendo e devem continuar a ocorrer", acrescentou Arruda. A baixa foi favorecida também pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que deu impulso às bolsas de valores em Nova York e no Brasil. Mas, mesmo com a tendência de queda, a moeda norte-americana respeitou o patamar de 1,800 real. Para Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy, muitos agentes estão defendendo a cotação por estarem comprados em dólar (apostando na alta da moeda).

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.