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BC: crédito teve expansão de 23%

De acordo com balanço divulgado pelo Banco Central, houve maior volume de crédito e redução dos juros durante 2000. Com relação ao cheque especial, apesar da queda das taxas, os juros cobrados ainda estão em patamares elevados.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os consumidores brasileiros tiveram, no ano passado, mais crédito a preços mais baratos. Segundo balanço das operações divulgado ontem pelo Banco Central, o volume de crédito disponibilizado pelos bancos para as pessoas físicas e jurídicas alcançou, em dezembro, R$ 153,847 bilhões, ante R$ 124,943 bilhões de junho de 2000. O mesmo ocorreu com o chamado spread bancário, que é a diferença entre a taxa de juros de aplicação e de captação dos bancos. Para alguns tipos de operações, como aquisição de bens por pessoas físicas, o volume de crédito emprestado em dezembro último aumentou 284,7% em relação a dezembro de 1999. O volume deste tipo de crédito era de R$ 4,904 bilhões em dezembro de 1999 e saltou para R$ 18,867 bilhões em dezembro passado. Em proporção mais baixa cresceu o crédito para pessoas físicas (113,8% no ano). Entre as operações destacadas pelo BC, chama a atenção o cheque especial. No ano, o volume de crédito no cheque especial cresceu 28,4% mas, se for levado em consideração apenas o mês de novembro com relação a dezembro, houve queda expressiva, de 11,4%. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, atribuiu a queda ao 13.º salário. Com mais dinheiro no bolso, trabalhadores puderam deixar de usar o especial. Com menor demanda, a taxa de juro do cheque especial caiu 0,8 ponto porcentual no mês, baixando de 153,5% em novembro para 152,7% em dezembro. Desde junho de 2000 o BC registrou queda de 10,3 pontos porcentuais no juro cobrado pelos bancos no cheque especial, mas o próprio diretor reconheceu que o nível ainda é bastante elevado.

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