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BC da China não deve elevar taxas de juro em outubro, diz agência

Política monetária chinesa enfrenta dilema de manter o crescimento enquanto evita a inflação 

Por Gabriel Bueno e da Agência Estado
Atualização:

PEQUIM - O Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) não deve elevar as taxas de juro nem a taxa de compulsório para os bancos durante outubro, afirmou a agência estatal Xinhua nesta sexta-feira em um artigo de análise.

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A política monetária chinesa enfrenta um dilema, pois precisa manter o crescimento enquanto evita a inflação, já que a "Operação Twist" do Federal Reserve dos EUA deve gerar políticas monetárias mais frouxas pelo mundo e seguir adicionando pressão por medidas chinesas para lidar com a liquidez externa, afirma o texto divulgado na seção de análise macroeconômica no site da Xinhua. Na "Operação Twist", o Fed vai comprar US$ 400 bilhões em Treasuries de longo prazo, mas sem expandir seu balanço.

A China mostrou sinais "óbvios" de uma desaceleração em seu crescimento econômico e uma economia global fraca pressiona as exportações chinesas, segundo a análise.

O PBOC dificilmente deve elevar a taxa de compulsório, pois esta já está em recorde de alta, gerando pressão em financiamentos dos bancos, segundo o texto. Um aumento nessa taxa é improvável, porque poderia prejudicar o crescimento econômico e atrair mais fluxos de capital do exterior, aponta a análise. O BC da China já elevou a taxa de juros três vezes este ano, e a taxa de compulsório seis vezes no período.

A Xinhua previu nesta sexta-feira que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China fique em torno de 6,2% em setembro, em valor anualizado, o mesmo número do mês anterior. A agência citou uma análise de fatores de preço. O CPI da China em agosto ficou em 6,2%, em alta em comparação com o ano anterior, mas em queda em comparação com os 6,5% de julho, que foi o mais alto índice em três anos. As informações são da Dow Jones.

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