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BC da Inglaterra mostra divisão em aumento de compra de ativos

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Por Redação
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Duas autoridades do banco da Inglaterra, o banco central do país, foram contrárias neste mês à elevação do programa de compras de ativos do banco em 50 bilhões de libras, afirmando que outras medidas de estímulo foram suficientes, mostrou nesta quarta-feira a ata da reunião do BC. A decisão do BC de ampliar seu programa de aquisição de ativos neste mês não foi uma surpresa para os economistas, depois que quatro autoridades deram suporte a mais "quantitative easing" (QE, programa de compra de ativos) em junho. Mas o nível de suporte para a decisão de julho foi menos certo, uma vez que algumas autoridades haviam dito anteriormente que outras medidas podiam ser mais efetivas do que um programa de aquisição de ativos para estimular a economia. A ata da reunião de 4 e 5 de julho do Comitê de Política Monetária mostraram que o economista-chefe Spencer Dale e o membro Ben Broadbent foram contra o aumento na meta de compra do BC de 325 bilhões de libras para 375 bilhões. Essa foi a primeira vez desde novembro de 2009 que pelo menos um membro do comitê foi contra a elevação do "quantitative easing" quando a maioria mostra-se a favor. Na época, Dale votou contra. Dale e Broadbent argumentaram que a recente queda da inflação deveu-se a um recuo nos preços do petróleo com o qual não se pode contar, e que outras medidas de crédito dariam ajuda suficiente à economia. Outros membros discordaram, e até consideraram elevar a meta de compras de ativos em 75 bilhões de libras. "Todos os membros esperam que as iniciativas políticas recentemente anunciadas aumentem a oferta de crédito e garantam um incentivo à atividade econômica", mostrou a ata. "A questão para o comitê foi se um estímulo adicional era necessário além dessas iniciativas." A economia britânica enfrenta dificuldades para sair de sua segunda recessão em quatro anos, e a inflação caiu com força nos últimos meses para uma mínima de dois anos e meio de 2,4 por cento --aliviando as preocupações que fizeram com que o BC interrompesse a compra de ativos em maio.

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