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BC: desvalorização cambial beneficiou dívida pública

Por FABIO GRANER E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

A relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o mês de outubro em 37%, de acordo com informação do chefe-adjunto do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Tulio Maciel. Em setembro, essa relação foi de 38,3%. Segundo Maciel, o recuo se dá em razão da desvalorização do real ante o dólar. Se confirmado o resultado de outubro, essa será a menor taxa desde setembro de 1998, quando ficou em 36,5%. Maciel explicou que a dívida de 38,3% do PIB verificada em setembro foi a mais baixa desde outubro de 1998, quando a relação dívida/PIB ficou em 37,6%. O resultado de setembro também foi, segundo Maciel, influenciado pela desvalorização cambial. O técnico do BC explicou que a queda do real favoreceu também a despesa com juros no mês de setembro, que ficou em R$ 6,142 bilhões. Isso porque, segundo ele, a depreciação do câmbio levou o BC a ter ganho de R$ 6,5 bilhões com swaps cambiais reversos. Dessa forma, com o superávit de R$ 10,005 bilhões, o setor público teve um superávit nominal de R$ 3,863 bilhões. Segundo Maciel, o déficit nominal de 1,32% do PIB no acumulado em 12 meses é o mais baixo de toda a série, iniciada em 1991. Maciel atribuiu o desempenho fiscal do governo, do ponto de vista primário, à combinação de arrecadação crescendo de forma mais acelerada do que as despesas. Ele afirmou que o superávit primário em 12 meses, de 4,60% do PIB, indica claramente que o governo vai cumprir a meta para este ano, de 4,3%.

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