
25 de setembro de 2014 | 18h43
"Há possibilidade bastante razoável”, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato, ao ser questionada se o BC manteria os leilões de swaps cambiais --equivalentes à venda de dólares no mercado futuro-- para rolar 100 por cento dos contratos que vencem em 3 de novembro, equivalentes a 8,840 bilhões de dólares.
Nesta quinta, o dólar avançou 1,95 por cento, a 2,4299 reais na venda, após bater 2,4312 reais na máxima do dia, maior nível intradiário desde 13 de fevereiro. A divisa norte-americana foi turbinada por expectativas sobre o futuro das políticas monetárias dos Estados Unidos e da Europa e por preocupações sobre as eleições presidenciais no Brasil.
Para a fonte da equipe econômica ouvida pela Reuters, ficar comprado em dólar no nível atual “começa a ficar perigoso”, porque se houver alguma mudança no cenário, o ajuste no câmbio pode ser mais brusco. A avaliação é que o mercado de câmbio continuará sensível aos cenários externo e interno.
Na terça-feira, após o dólar ter superado 2,40 reais, o BC anunciou o aumento de sua atuação no mercado cambial, ofertando mais swaps para rolar os contratos que vencem em outubro, passando a colocar até 15 mil contratos diariamente. Com isso, rolará praticamente 100 por cento dos contratos que vencem em 1º de outubro, no montante equivalente a 6,677 bilhões de dólares.
Até então, o BC vinha rolando entre 50 e 90 por cento dos lotes de swaps a vencer em cada mês.
A fonte disse ainda que a autoridade monetária não pensa em ampliar os leilões diários de até 4 mil swaps, que fazem parte do programa de atuação no câmbio iniciado em agosto do ano passado, e lembrou que sempre em finais de ano o BC faz leilões de linha --venda de dólares com compromisso de recompra. Ao ser questionada se o BC poderia antecipar leilões de linha diante do atual quadro, a fonte lembrou que o mercado de dólares à vista está líquido, apesar da atual volatilidade.
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