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BC dos EUA adia alta dos juros mais uma vez

Em comunicado, Fed analisa que desempenho do mercado de trabalho e crescimento dos Estados Unidos estão abaixo do esperado; subida do juro pode ficar para depois de setembro

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Por Redação
Atualização:

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), destacou em comunicado nesta quarta-feira, 29, a fraqueza no mercado de trabalho e na economia dos Estados Unidos. Com isso, o Fed sinaliza que está tendo dificuldade para avançar com seus planos de elevar a taxa de juros ainda neste ano.

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O comunicado de política monetária do Fed coloca o banco central no caminho para começar a discutir a cada reunião quando elevará pela primeira vez os juros desde junho de 2006.

O Fed, no entanto, reconheceu pontos de fraqueza na economia, tornando mais provável que não estará pronto para elevar os juros até ao menos setembro.

"O comitê prevê que será apropriado elevar a faixa da meta para a taxa de juros quando tiver visto melhora no mercado de trabalho e estiver razoavelmente confiante de que a inflação irá voltar para sua meta de 2 por cento no médio prazo", disse o Fed em seu comunicado, após dois dias de reuniões de seu comitê de política monetária.

A orientação de juros do Fed espelhou a dada por ele no mês passado. Mas diferentemente do comunicado de março, desta vez o banco central não descartou efetivamente elevar os juros na próxima reunião.

Embora isso torne um movimento em junho possível, os dados econômicos não estão colaborando.

A economia cresceu a uma taxa anual anêmica de 0,2 por cento no primeiro trimestre, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira, bem abaixo das expectativas de economistas de 1 por cento e da expansão de 2,2 por cento do quarto trimestre.

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O Fed reconheceu que o crescimento econômico "tinha desacelerado durante os meses do inverno (no hemisfério norte), refletindo em parte fatores transitórios". Em março, o Fed descreveu o crescimento como tendo moderado um pouco.

Economistas veem setembro como o momento mais provável para uma alta dos juros, enquanto os investidores veem um horizonte ainda mais tarde, com os contratos futuros indicando dezembro.

O banco central terá ao menos dois meses de dados econômicos para considerar antes de sua próxima reunião, em junho, quando também divulgará novas projeções econômicas. Após essa reunião a chair do Fed, Janet Yellen, falará à imprensa.

Na reunião encerrada nesta quarta-feira não houve dissidentes.

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