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BC dos EUA não deve mexer nos juros no curto prazo

Por Renato Martins
Atualização:

O Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, Fed) sinalizou, ao manter a taxa básica de juros norte-americana em 2% ao ano na reunião do mês passado, que a política monetária deverá permanecer inalterada no curto prazo, em meio às incertezas quanto à perspectiva dos mercados, da economia e da inflação no país. É o que indica a ata da última reunião do Fed, divulgada na tarde de hoje. No encontro de junho, o Fed decidiu, por nove votos a um, manter o juro básico nos EUA em 2% ao ano, após sucessivos cortes efetuados entre setembro do ano passado e abril deste ano. Durante a reunião, os dirigentes do Fed sugeriram que estão ficando mais preocupados com a inflação do que com o crescimento da economia, embora ainda vissem "riscos significativos de baixa" da expansão. "Os integrantes em geral concordaram que os riscos para o crescimento diminuíram um tanto desde a última reunião do Fed, enquanto os riscos de aceleração da inflação cresceram", diz a ata. Os participantes da reunião também anteciparam que a próxima mudança na política monetária "poderá ser uma elevação na taxa básica de juros". "Contudo, na visão da maioria dos integrantes, a perspectiva, tanto da atividade econômica como das pressões sobre os preços, permaneceu muito incerta, e, portanto, o momento e a magnitude de ações futuras de política monetária estava muito pouco clara", prossegue o documento. Perspectivas De acordo com a ata, os participantes da reunião disseram esperar que a economia dos EUA tenha uma expansão "modesta" no primeiro semestre deste ano, com uma "desaceleração leve" no segundo semestre de 2008. Em relação à inflação, eles constataram que a perspectiva para a alta dos preços "deteriorou-se". "Elevações recentes nos preços da energia e de algumas outras matérias-primas (commodities) impulsionariam fortemente a inflação nos próximos meses", diz a ata, ressalvando que essas pressões deverão se moderar em 2009 e em 2010. Sobre as condições dos mercados financeiros, a ata diz que elas "aparentemente melhoraram bastante", mas ressalva que novas turbulências poderão ameaçar o crescimento da economia. As informações são da Dow Jones.

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