30 de junho de 2011 | 13h05
Para 2011, o BC elevou a estimativa da relação entre a dívida líquida e o PIB de 38% para 39%. "O câmbio é o principal determinante", justificou Maciel. Segundo ele, o BC trabalhava com uma previsão de R$ 1,70 por dólar, mas foi revista para R$ 1,60 por dólar.
Maciel estimou que a dívida bruta deve subir de 55,7% do PIB em maio para 56% em junho, também em razão da taxa de câmbio. O BC usou uma previsão de R$ 1,571 por dólar para junho. Para 2011, no entanto, o Banco Central revisou a projeção de dívida bruta de 55,5% para 55% do PIB.
Maciel também afirmou que a projeção de gastos do setor público com juros da dívida em 2011 foi elevada de 4,8% para 5,4% do PIB. Segundo ele, a despesa com juros no acumulado em 12 meses, até maio, de R$ 219,768 bilhões, é o maior valor da série histórica. O resultado representou 5,71% do PIB, também o mais alto desde setembro de 1998.
Normalidade
O diretor do Departamento Econômico do BC avaliou que o resultado do superávit primário do setor público consolidado mostra o "retorno da normalidade fiscal" em relação aos anos anteriores. "Quando comparado o resultado de maio com maio de 2010, fica evidente a convergência para uma situação de normalidade na área fiscal. Estamos em trajetória de pleno cumprimento da meta", afirmou Maciel.
Segundo ele, o resultado foi influenciado pelo ritmo da atividade econômica que se traduz em maior arrecadação. Do lado das despesas, o diretor acredita que o crescimento é moderado, abaixo da expansão nominal do PIB. Ele destacou a participação dos governos regionais (Estados e municípios) que, ao fazerem R$ 19,046 bilhões em superávit primário no acumulado de janeiro a maio, registraram o melhor resultado para o período da série histórica do BC, iniciada em 2001.
Maciel disse que o bom resultado de Estados e municípios é explicado pelo aumento das transferências da União e pelo crescimento na arrecadação de ICMS.
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