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BC eleva projeção de alta de preço administrado em 2011

Por FABIO GRANER E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

O Banco Central elevou de 4,6% para 4,9% sua projeção de alta nos preços administrados em 2011 e de 4,3% para 4,4% para 2012. A autoridade monetária reduziu de 2,9% para 0,9% a projeção de reajuste do preço da telefonia fixa em 2011, mas elevou de 2,8% para 4,1% a expectativa de alta nos preços da energia elétrica neste ano. As demais projeções foram mantidas.O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que os choques de oferta, domésticos e externos, que afetaram a inflação, já foram incorporados aos preços ao consumidor. Na ata da reunião anterior, o Copom dizia que "grande parte" dos efeitos haviam sido incorporados aos preços ao consumidor. A autoridade vê sinais de melhora no cenário para a inflação futura, mas ainda menciona os riscos que existem para que a convergência à meta se concretize. "(O Comitê) avalia como relevantes os riscos derivados da persistência do descompasso entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda, apesar dos sinais de que esse descompasso tende a diminuir. Destaca, além disso, a estreita margem de ociosidade dos fatores de produção, especialmente de mão de obra, e pondera que, em tais circunstâncias, um risco muito importante reside na possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação", afirmou Banco Central (BC) na ata.O Copom também destacou que, desde abril, os preços de commodities mostram certa acomodação.Ritmo incertoA ata do Comitê de Política Monetária (Copom) retirou a expressão "ritmo incerto" ao comentar a moderação da demanda. No documento, divulgado hoje, os integrantes do Copom destacam que está em curso um processo de moderação da expansão da demanda doméstica, que continuará a ser favorecido pelo vigor do mercado de trabalho. Para o Banco Central (BC), são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica. Essa avaliação, de acordo com o BC, encontra suporte em sinais da economia que, apesar de indicarem certo arrefecimento, apontam que a expansão da oferta de crédito tende a persistir tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. A ata destaca ainda para sustentar a avaliação o fato de que a confiança de consumidores e de empresários se encontra em níveis historicamente elevados, a despeito de acomodação na margem, entre outros fatores. "O Comitê entende, adicionalmente, que o dinamismo da atividade doméstica continuará a ser favorecido pelo vigor do mercado de trabalho, que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em substancial crescimento dos salários".

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