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BC espera superávit de US$ 1 bi em transações correntes em maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, espera um superávit de US$ 1 bilhão em maio para o saldo das transações correntes ? soma dos saldos da balança comercial (exportações - importações), da balança de serviços (Fretes pagos e recebidos de navios estrangeiros, juros de empréstimos estrangeiros, lucros remetidos e recebidos do exterior, etc.) e das transferências unilaterais (donativos). Em abril, as transações correntes brasileiras registraram um déficit de US$ 735 milhões. Segundo Altamir Lopes, esse resultado negativo é reflexo da grande concentração de pagamentos de juros. A expectativa do chefe do Depec para este mês leva em conta a redução das despesas líquidas com o pagamento de juros ao exterior. Do início do mês até hoje, já foram remetidos ao exterior US$ 809 milhões para o pagamento de juros. Em abril, esses pagamentos somaram US$ 1,708 bilhão. Os técnicos do Depec também observaram nos primeiros 20 dias do mês uma redução no ritmo de remessa de lucros e dividendos ao exterior. Neste período, segundo Lopes, a saída líquida foi de US$ 338 milhões. Em abril, foram remetidos ao exterior a título de pagamento de lucros e dividendos US$ 823 milhões. Segundo Lopes, o fluxo dessas remessas tende a reduzir a partir de agora, já que esse tipo de pagamento é normalmente maior nos primeiros meses do ano, devido ao fechamento dos balanços das empresas, relativos ao exercício anterior. Pelo lado da conta de serviços, os números parciais de maio mostram a manutenção do quadro de estabilidade da conta. O País acumulou até agora um saldo líquido positivo de US$ 37 milhões em viagens internacionais, que fecharam o mês de abril também com um resultado positivo, de US$ 10 milhões. Alguns resultados deficitários Outros itens da conta estão com resultados deficitários mas dentro dos padrões. É o caso das despesas com serviços financeiros, que acumulam até hoje um saldo negativo de US$ 16 milhões. No caso de serviços de computação e informações, os gastos líquidos até agora somam US$ 30 milhões, praticamente o mesmo valor observado no fluxo de pagamento de royalties e licenças, que acumula no período uma saída líquida de US$ 31 milhões. No caso do aluguel de equipamentos, os gastos líquidos apurados até agora em maio um valor de US$ 61 milhões.

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