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BC europeu mantém juros; o inglês aumenta a taxa

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central Europeu manteve as taxas de juros na zona do euro inalteradas, conforme previam os analistas. Com a decisão, a taxa mínima de oferta, usada nos leilões de refinanciamento, permaneceu em 2%, menor nível para a maioria dos países da zona do euro desde a Segunda Guerra Mundial. Mais cedo, o Banco da Inglaterra também confirmou as expectativas, ao elevar a taxa de recompra no Reino Unido de 3,75% para 4%. As decisões dos dos dois BCs foram anunciadas um dia antes do encontro dos ministros de Finanças do G-7, em Boca Raton, na Flórida, que teve ter a desvalorização do dólar, com conseqüente alta do euro e iene, como um de seus assuntos centrais. O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, em entrevista após a reunião desta manhã, disse que a atual direção da política monetária é apropriada e que não devem ocorrer mudanças importantes nos preços ao consumidor na zona do euro no médio prazo. Trichet expressou preocupação com as oscilações excessivas no mercado de câmbio. Trichet disse ainda que o BCE respeita as tentativas da União Européia de buscar transparência legal na implementação do pacto de crescimento e estabilidade. Inglaterra O Banco da Inglaterra (BOE) agiu conforme as expectativas do mercado, ao elevar a taxa de recompra de 3,7% para 4%. A decisão, divulgada após reunião de dois dias, ampliou o gap para a taxa dos Federal Funds, nos Estados Unidos, que estão atualmente em 1%. Embora a decisão fosse largamente esperada pelo mercado, a confirmação da alta dos juros britânicos trouxe mais investidores para a libra esterlina, que chegou a subir para US$ 1,8394. Em comunicado, o comitê de governança do Banco Central da Inglaterra informou que a alta é uma resposta à perspectiva de aumento gradual das pressões inflacionárias, diante da aceleração do crescimento das economias doméstica e de outros países. O comitê destacou que pesquisas empresariais mostraram que o ritmo de crescimento do Reino Unido deverá ficar mais robusto no primeiro trimestre e notou que a recuperação econômica está ficando mais ampla. O comunicado observou que os gastos domésticos e os empréstimos continuaram resilientes, ao mesmo tempo em que o mercado imobiliário segue forte. Na avaliação do comitê, a alta dos juros deve ajudar no controle da inflação no médio prazo. As projeções do BOE de produção e inflação deverão ser apresentadas no relatório sobre inflação, que será divulgado na próxima quarta-feira, dia 11. A ata do encontro terminado hoje sairá no dia 18 de fevereiro. As informações são da Dow Jones.

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