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BC facilita comparação entre juros bancários

Site da instituição passará a exibir na sua primeira página um link direto para a tabela de juros médios cobrados

Por Fabio Graner e Fernando Nakagawa
Atualização:

No esforço de tentar incentivar o aumento da concorrência entre os bancos e a queda do custo do crédito, o Banco Central anunciou nesta quinta-feira, 5,que o site da instituição passará a exibir na sua primeira página um link direto para a tabela de juros médios cobrados nos bancos. A medida, segundo o diretor de administração do BC, Anthero Meirelles, vai facilitar a comparação dos juros pelos clientes. Veja Também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise O anúncio foi feito menos de 48 horas após a reunião ministerial em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou de "insuficientes" as iniciativas para reduzir os juros e o spread bancário. A medida entra no grupo das ações de "pressão política" do governo pela redução dos spreads bancários. Segundo assessores palacianos, "os bancos estão com o filme queimadíssimo no Planalto". Lula chegou a dizer que o "spread é uma vergonha internacional". Atualmente, o BC já divulga dados relativos ao juro médio por instituição cobrado nas 25 linhas de crédito mais comuns. "Mas as informações eram muito extensas e o cidadão que buscava a informação ficava um pouco perdido", admitiu Anthero Meirelles, do BC. De acordo com os dados do Banco Central na internet, os bancos públicos ainda cobram juros relativamente altos nas principais operações de crédito a pessoas física e jurídica. Nas operações de crédito pessoal com taxas pré-fixadas, Caixa e Banco do Brasil têm em média taxas de 2,59% e 2,74% ao mês, respectivamente. Existem 22 instituições financeiras que cobram menos que a Caixa. Em relação ao Banco do Brasil, 32 instituições têm juros mais baixos. Mas outros grandes bancos estão cobrando mais caro no crédito pessoal. É o caso de Itaú, com juros médios de 5%, Bradesco, com 5,26% e Santander com 4,65% ao mês.

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