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BC faz leilão de títulos cambiais e dólar recua

Há pouco, o BC vendeu papéis cambiais com o objetivo de aumentar a liquidez e frear a escalada do dólar, que chegou a R$ 2,7400. O nervosismo dos investidores é resultado das incertezas em relação à economia mundial, depois dos ataques terroristas aos EUA.

Por Agencia Estado
Atualização:

Para conter a escalada do dólar verificada durante toda a manhã, o Banco Central (BC) realizou, há pouco, um leilão de cinco milhões de títulos cambiais com vencimento em 21 de fevereiro de 2002. Depois do leilão, a cotação do dólar comercial recuou forte e rapidamente. Há instantes, o dólar estava no patamar mínimo do dia, de R$ 2,6690. O nervosismo no mercado financeiro é resultado das incertezas dos investidores sobre a forma e a duração da reação dos norte-americanos aos ataques terroristas ocorridos nesta terça-feira. Seja qual for, segundo os analistas, o impacto será muito grande em todas as economias do mundo. Outro motivo para o pessimismo é a esperada redução de investimentos estrangeiros no País. Devido ao clima de incerteza política e econômica as empresas estão começando a rever seus investimentos fora do país de origem. Para as economias dependentes de capital estrangeiro, como o Brasil, esta situação é considerada bastante delicada. A Argentina, por exemplo, que já atravessa uma fase de recessão, pode ser ainda mais prejudicada por estes últimos acontecimentos. No mercado financeiro, a ausência de negócios em Nova York deixa os investidores ainda mais inseguros. Ainda não se sabe se as bolsas norte-americanas irão abrir normalmente. Isso pode não acontecer, devido à dificuldade na retomada dos serviços de telefonia e transmissão de dados. Às 16 horas, as autoridades financeiras dos EUA vão definir se as bolsas vão retomar os negócios amanhã. O dólar comercial chegou a ser cotado a R$ 2,7400. No início da tarde, era vendido a R$ 2,6680, com queda de 0,89%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estava em queda de 3,55%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 24,400% ao ano, frente a 23,650% ao ano ontem

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