O Banco Central promoveu novos ajustes no recolhimento compulsório de depósitos bancários nesta quarta-feira, em medidas que injetarão um total de 23,2 bilhões de reais na economia. A autoridade monetária reduziu de 8 para 5 por cento a alíquota do recolhimento compulsório adicional sobre os depósitos à vista e a prazo instituído em 2002. Essa mudança liberará 16,9 bilhões de reais aos bancos, que poderão assim aumentar os volumes de financiamento. O BC também aumentou o valor que as instituições podem deduzir do cálculo de recursos a serem recolhidos como compulsório sobre depósito a prazo de 300 milhões para 700 milhões de reais. O impacto dessa mudança é de 6,3 bilhões de reais, segundo o BC "O objetivo é prover liquidez", afirmou o BC por meio de sua assessoria de imprensa. A crise financeira global tem reduzido a liquidez na economia global, o que se traduz na retração do crédito para empresas e pessoas físicas. Desde o final de setembro, após o agravamento da crise financeira mundial, o BC já alterou as regras do compulsórios algumas vezes. No dia 24 de setembro, a autoridade monetária anunciou um adiamento do cronograma de aumento do compulsório de empresas de leasing e também uma elevação das deduções permitidas nos compulsórios de depósitos a prazo. Uma semana depois, o BC autorizou as instituições financeiras a direcionarem parte dos compulsórios sobre depósito a prazo para a compra de carteiras de crédito de bancos menores. No total, as mudanças representam uma injeção de 60 bilhões de reais na economia. (Reportagem de Isabel Versiani)