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BC: governo atinge a meta de economizar 4,3% do PIB

Por ADRIANA FERNANDES E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

As contas do setor público no acumulado de 12 meses, até maio, apresentaram um saldo positivo (superávit primário, que desconsidera a com juros) de R$ 116,5 bilhões, o equivalente a 4,34% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor atingiu a nova meta de superávit firmada pelo governo federal para este ano, de 4,3% do PIB. A meta subiu de 3,8% para 4,3% do PIB como medida auxiliar de combate à inflação. Até abril, o superávit acumulado das contas do setor público em 12 meses estava em 4,25% do PIB, abaixo da nova meta. As contas do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) acumulam saldo positivo primário de R$ 74,4 bilhões, no período de 12 meses encerrado em maio. Os Estados têm um superávit de R$ 26,154 bilhões; os municípios, de R$ 3,6 bilhões; as empresas estatais federais, de R$ 12,9 bilhões, as estaduais, um déficit de R$ 761 milhões e as empresas municipais, um superávit de R$ 120 milhões. Dívida A divida líquida do setor público era de R$ 1,2 trilhão em maio. O valor equivale a 40,8% do PIB e é inferior ao registrado em abril quando a proporção estava em 41% do PIB. No final do ano passado, a dívida do governo representava 42,7% do PIB. Segundo os números divulgados hoje pelo Banco Central, a redução do indicador da dívida teve a influência da apreciação cambial, que elevou o montante em R$ 8,8 bilhões e o ajuste da paridade da cesta de moedas que compõe a dívida externa, que contribuiu com a elevação de R$ 3,2 bilhões. O relatório do BC diz também que a redução em termos proporcionais do PIB, de 1,9 ponto porcentual no ano, foi influenciada pela contribuição do superávit primário, que contribuiu com a redução de 2,6 pontos porcentuais e o efeito do crescimento do PIB, com 2,5 pontos. Em sentido contrário pesaram os juros nominais, que elevaram o indicador em 2,5 pontos porcentuais e o ajuste da valorização cambial, que aumentou o indicador em 0,7 ponto.

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