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BC: há sinais de acomodação no crédito pessoal

Por Fernando Nakagawa
Atualização:

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, disse hoje que é possível ver sinais de "acomodação" no crescimento das operações de crédito voltadas para a pessoa física. Segundo ele, o fenômeno acontece porque o ritmo de crescimento está começando a se desacelerar, o que pode ser visto, sobretudo, nas operações de crédito consignado (que têm desconto na folha de pagamento). O empréstimo com desconto em folha é, sobretudo, cedido a servidores públicos, trabalhadores formais da iniciativa privada e aposentados. "É possível ver uma pequena acomodação nas operações para a pessoa física", disse Altamir Lopes. "O consignado, por exemplo, cresceu no mês passado 2,4% (na comparação com março). Essa taxa (de expansão) já foi de 6% ou até 8% por mês", explica. Outro dado citado por Altamir para explicar a acomodação é a evolução em 12 meses dessas operações. No período acumulado dos últimos 12 meses até o mês passado, houve expansão de 29% do consignado. O desempenho é inferior ao observado no total de todas as operações de crédito para a pessoa física, que cresceram 33,9% na mesma base de comparação. "Isso contribui com a acomodação", diz, ao lembrar que o consignado liderou a expansão do crédito às famílias nos últimos anos. O chefe do Departamento Econômico explica que o volume de operações nesse segmento "chegou a um patamar bastante elevado" e que a evolução nos últimos anos "diminui a margem de crescimento porque há um público específico para esse crédito".

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