PUBLICIDADE

Publicidade

BC habilitará mais bancos para sistema de custódia

CMN decidiu permitir que instituições financeiras se associem e sejam habilitadas a participar do sistema de custódia do meio circulante, ampliando a rede de distribuição de dinheiro no País e reduzindo os custos para o BC e o BB.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, hoje, permitir que instituições financeiras se associem e sejam habilitadas a participar do sistema de custódia do meio circulante, ampliando a rede de distribuição de dinheiro no País e reduzindo os custos para o Banco Central e o Banco do Brasil, que hoje são os únicos que fazem esse trabalho. "O novo modelo deve levar o sistema financeiro a dividir os custos de armazenamento, transporte, distribuição e segurança do dinheiro", afirmou o diretor de Administração do BC, João Antônio Fleury. O novo modelo, que estava em estudo há dois anos, será implementado em cerca de 30 meses. Quando estiver em pleno funcionamento, o BC se relacionará apenas com a rede de custodiantes e não mais com todo o sistema financeiro, como ocorre hoje. Operacionalmente, caberá ao BC sacar dinheiro novo na Casa da Moeda e distribuí-lo aos custodiantes, e somente a eles, que, por sua vez, ficarão responsáveis pela distribuição, troca de dinheiro velho por novo, entre outras tarefas. Por esse serviço, os custodiantes cobrarão das demais instituições uma tarifa por milheiro de dinheiro sacado ou recolhido. O BC ficará, também, com a função de destruir o dinheiro deteriorado recolhido pelos bancos e trocado junto aos custodiantes. Custos do BC Segundo Fleury, o BC este ano terá custo de R$ 350 milhões com meio circulante, sendo 80% disso relativos aos pagamentos à Casa da Moeda para fabricação de dinheiro. Os 20% restantes são os custos de armazenamento, distribuição, transporte e segurança. O diretor do BC estima que a instituição terá uma economia anual de R$ 25 milhões. Fleury também acredita que o Banco do Brasil será beneficiado pelo novo sistema. Segundo ele, atualmente a relação custo/benefício da condição de único agente de custódia de meio circulante não tem sido favorável ao BB, e tem possivelmente dado prejuízo à instituição. O diretor informou que o BB terá um período de adaptação superior a 24 meses para não ser prejudicado. A habilitação dos custodiantes será feita pelo departamento de Meio Circulante do BC, e o acompanhamento do sistema será feito por um conselho, composto, além do BC e do BB, pela Febraban e pelas associações comerciais e empresariais.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.