17 de março de 2009 | 09h16
O principal motivo é o alto nível de endividamento das famílias e os efeitos de uma deflação, que aprofundariam a crise. Hoje, o Banco da Inglaterra já pratica suas taxas de juros mais baixas em 300 anos para tentar estimular a retomada econômica. Mas se a deflação pode, no curto prazo, reduzir os preços dos bens aos consumidores, no médio prazo ela é um sinal da paralisia de uma economia. Não por acaso, o governo vem dando incentivos fiscais para o consumo e ainda créditos para empresas médias e pequenas.
Segundo o BC inglês, a realidade é que a dívida privada no país atingiu pela primeira vez a marca de US$ 2 trilhões, 165% acima dos níveis de 1997. Isso significa que, na prática, cada família britânica tem em média uma dívida de US$ 84 mil, a maior taxa no mundo. Até o ano passado, essas dívidas eram financiadas com créditos fáceis. Hoje, a crise se traduz, para muitas famílias, em uma explosão de suas dívidas e em falta de financiamento. O endividamento, em conjunto com a deflação, seriam sinais de que a economia pode estar caminhando para algo não muito diferente do que ocorreu nos Estados Unidos, nos anos 30. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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