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BC: investimento externo soma US$ 3 bi no mês, até hoje

Por FERNANDO NAKAGAWA E FABIO GRANER
Atualização:

O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, informou hoje que o saldo de Investimentos Estrangeiro Direto (IED) no mês de outubro, até hoje, é de US$ 3 bilhões. "Não é um número baixo", disse Altamir, destacando que em setembro o IED de US$ 6,2 bilhões teve o melhor resultado para o mês, apesar do agravamento da crise internacional. Altamir prevê que o IED feche outubro em US$ 3,5 bilhões. Segundo o chefe do Depec, a crise afetou até agora mais as linhas de crédito para o comércio exterior e os investimentos em portfólio (ações e renda fixa). "Nos demais fluxos, o desempenho tem sido favorável", disse Altamir, mencionando que além do bom desempenho do IED de outubro, a taxa de rolagem dos empréstimos de longo prazo até hoje está em 136%, ante 123% em setembro. O saldo global está alto por conta dos empréstimos diretos - sem a emissão de títulos, cuja taxa de rolagem estava em 361%. Déficit em conta corrente Altamir projetou que o déficit em conta corrente no mês de outubro deve fechar em US$ 2 bilhões. Ele informou que, neste mês, até hoje, as remessas de lucros e dividendo somam US$ 1,126 bilhão. Segundo Lopes, nada garante que não haverá uma aceleração dessas remessas no fim do mês, como ocorreu em setembro, mas avaliou que a tendência das remessas é de desaceleração, porque, com a desvalorização do real ante o dólar, o estoque a ser remetido cai, e, além disso, espera-se uma desaceleração na rentabilidade das empresas. "A expectativa para os últimos meses (do ano) é de que as remessas fiquem dentro da normalidade", disse Lopes, ao lembrar que, para o próximo ano, o BC já previa uma desaceleração desse indicador. Em setembro, a remessa de lucros e dividendos somou US$ 3,436 bilhões, totalizando no acumulado do ano US$ 27,5 bilhões.

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