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BC: juro do cheque especial é o maior desde 2003

Por FABIO GRANER E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou hoje que ainda é cedo para dizer se a elevação da inadimplência no crédito pessoa física é uma tendência, porque as elevações foram muito pequenas e ocorreram em apenas dois meses. "Ainda é preciso observar se isto é uma tendência. Ela começa a apresentar uma pequena elevação", afirmou. Para ele, o movimento "não preocupa", mas ressaltou que é necessário que o assunto seja acompanhado de perto pelo BC e pelo próprio sistema financeiro. Altamir destacou ainda que a inadimplência global do sistema está estável, a despeito do volume de crédito estar em elevação. O chefe do Depec explicou também que a taxa de juros das operações de crédito para pessoa física caiu por conta do fim da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), que entrou em vigor em 30 de abril. Como a TAC entrava no cálculo do custo efetivo do crédito feito pelo BC, o fim desse instrumento levou à queda nos juros finais. O segmento de crédito pessoal foi o que teve a maior queda, 2,2 pontos porcentuais, refletindo o fim da TAC. Apesar do fim dessa tarifa, as operações de cheque especial tiveram uma elevação significativa, passando de 152,7% ao ano para 157,1% ao ano, o maior nível desde agosto de 2003, quando chegou a 163,9% anuais. Altamir atribuiu esse movimento à elevação do spread (diferença entre custo de captação e taxa final), mas não soube explicar o porquê do spread ter aumentado tanto no cheque especial.

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