PUBLICIDADE

Publicidade

BC lança esforço para elevar troco disponível na economia

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O Banco Central promoverá em setembro a maior campanha desde o lançamento do Plano Real para aumentar a disponibilidade de troco no comércio e melhorar a qualidade das notas em circulação na economia. Durante as próximas semanas, os bancos poderão trocar cédulas desgastadas de dinheiro junto ao Banco Central a custo zero. Os comerciantes, por outro lado, terão postos de atendimento especiais em agências do Banco do Brasil nas capitais do país em que poderão trocar notas de maior valor por kits, em valor de 100 reais, de moedas e de cédulas de 2 e 5 reais. Com esse esforço, o BC quer elevar em cerca de 10 por cento o número de moedas em circulação na economia, para cerca de 14 bilhões, e aumentar a oferta de notas de 2 e de 5 reais em quase 50 por cento, para cerca de 1,520 milhão. O custo desse "choque de melhoria" será de cerca de 320 milhões de reais para o BC, afirmou o diretor de Administração da instituição, Anthero Meirelles, ao anunciar a medida nesta quarta-feira. "A gente está aumentando a disponibilidade da moeda para que as balinhas sejam, de fato, apenas opcionais na hora do troco", afirmou Meirelles a jornalistas. Segundo o BC, a vida útil média das cédulas de 2 e de 5 reais, as mais utilizadas, é de 12 a 18 meses. Ele afirmou que o esforço para melhorar a qualidade das notas em circulação visa inclusive facilitar o manuseio do dinheiro por deficientes visuais, que têm dificuldade em distinguir pelo tato o valor das cédulas muito desgastadas. O meio circulante representa atualmente 3,8 por cento do Produto Interno Bruto e tem crescido entre 15 e 20 por cento ao ano. Essa elevação reflete, de acordo com Meirelles, a estabilidade e o crescimento da economia e o aumento da distribuição de renda. Ele acrescentou que o dinheiro vivo é utilizado em 70 por cento das transações no país, e no pagamento de 55 por cento dos salários. (Reportagem de Isabel Versiani)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.