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BC: novo cálculo de dívida bruta não acelerará upgrade

Por FABIO GRANER E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, avaliou hoje que a nova metodologia de cálculo da dívida bruta do governo não deve acelerar a elevação da classificação de risco do País pelas agências de rating e a chegada do chamando grau de investimento. Segundo ele, a mudança teve como único objetivo melhorar o cálculo da dívida bruta. "Não espero que mude (o rating) porque as agências têm critérios próprios que, por sinal, são parecido os nossos. Fizemos o ajuste porque achamos correto. Entendemos que essa é a mensuração fiscal mais adequada", disse Altamir. Pelo novo método do BC, a dúvida bruta não considera mais títulos do Tesouro Nacional que estão na carteira do BC, levando em conta apenas a parcela utilizada nas operações compromissadas feitas para a condução da política monetária. Segundo Altamir, não fazia sentido manter como dívida do governo uma dívida que estava dentro do próprio governo. Ele explicou que a metodologia antiga era herança da época em que o BC podia fazer emissões de papéis, possibilidade que foi vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O chefe do Depec destacou que a nova metodologia não altera a dívida líquida do setor público porque esta considerava como contrapartida dos títulos do Tesouro o volume financeiro pago pelo BC pelos papéis na conta única. Ele ressaltou ainda que os títulos que estão na carteira do BC não seguem regras específicas do mercado e não são negociados diretamente, sendo carregados até o vencimento. Segundo Altamir, na metodologia antiga, a dívida bruta caía de 63,8% para 62,1% entre dezembro e janeiro, por conta dos resgates dos títulos do Tesouro que venceram estavam na carteira do BC. Na nova metodologia, ao contrário, a dívida bruta subiu de 57,4% para 58,2%, uma vez que houve um aumento de operações compromissadas.

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