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BC: novo salário mínimo não terá impacto

O Relatório de Inflação do Banco Central afirma que o aumento de 19,2% do salário mínimo não terá o impacto antes previsto. A estimativa é de que a variação devida ao item "empregado doméstico" situe-se em pouco mais de 11% no ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Assim como a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o Relatório de Inflação referente ao primeiro trimestre de 2001 divulgado hoje afirma que o aumento de 19,2% do salário mínimo, que entra em vigor neste domingo, não terá o impacto antes previsto. Segundo os diretores do BC, isso não acontecerá em virtude da mudança metodológica que será introduzida no cálculo do item ´empregado doméstico´. O relatório lembra que, contrariamente ao usual para os índices de preços ao consumidor, a metodologia anterior de cálculo atribuía ao item "empregado doméstico" a variação integral do valor do salário mínimo. Estudo do IBGE, entretanto, revelaram que os rendimentos dos empregados domésticos não acompanharam essa variação nos últimos três anos. "Pela nova metodologia, serão considerados os rendimentos dos empregados domésticos efetivamente coletados pela pesquisa mensal de emprego, de forma que o acumulado dos índices de cada ano reflita a variação de 12 meses da pesquisa", lembram os diretores do BC. Assim, a estimativa é de que a variação devida a esse item situe-se em "pouco mais de 11% no ano", distribuída ao longo dos trimestres restantes, como já havia sido destacado pelos diretores do BC na ata da última reunião do Copom, divulgada ontem.

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