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BC poderá intensificar compra de dólares, sinaliza Palocci

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sinalizou hoje que o Banco Central poderá intensificar sua estratégia de aquisição de dólares para elevar as reservas internacionais e melhorar o perfil da dívida pública. Em entrevista coletiva à imprensa durante encontro do G7, Palocci disse que a valorização do real ante o dólar está sendo causada pela melhora dos fundamentos da economia brasileira, razão que qualificou como "saudável". Além disso, a queda do dólar no Brasil estaria acompanhando um movimento de ajuste internacional do câmbio. "Diante disso, não há ação do BC brasileiro capaz de fazer alguma modificação", disse o ministro. "Seria ilusório de nossa parte achar que a mobilização de alguns milhões que fazemos para construir nossas reservas possa modificar a circulação de trilhões de dólares no mundo", observou. Segundo ele, numa situação dessa, uma ação do BC pode ser feita para melhorar as reservas e o perfil da dívida do País. Palocci está se referindo às atuações da autoridade monetária no mercado de dólar. Não há meta para dólar Palocci reiterou que todas as vezes que o Banco Central compra dólares no mercado à vista, o objetivo é melhorar o perfil da dívida brasileira e não estabelecer um piso ou teto para a cotação da moeda americana. "Vamos manter a linha de câmbio flutuante. Câmbio flutuante é o melhor para o País", disse. Segundo o ministro, no ano passado, houve um temor de que a valorização do real tivesse efeito negativo sobre as exportações brasileiras nesse início de 2005. Ele observou, no entanto, que o resultado da balança comercial em janeiro deste ano "foi muito razoável" e superou o do mesmo período de 2004. Política monetária Palocci voltou a defender a política monetária do Banco Central. "A inflação é um veneno para o crescimento", disse. "O BC está fazendo o melhor para o País", declarou. Palocci também voltou a afirmar que ainda não há nenhuma decisão do governo brasileiro sobre uma renovação do acordo com o FMI. "Vamos conversar com o FMI sobre isso em março".

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