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BC prevê pressão inflacionária com alta do petróleo

Por FERNANDO NAKAGAWA E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

A ata da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central afirma que o comportamento do preço internacional do petróleo continua "altamente volátil" e que isso vai se refletir na economia brasileira com alguma pressão inflacionária. "O preço do petróleo, fonte sistemática de incerteza advinda do cenário internacional, elevou-se consideravelmente desde a última reunião do Copom (janeiro) e continua altamente volátil", cita o texto divulgado hoje. Para o BC, o sobe-e-desce dos preços reflete, "além de mudanças estruturais no mercado energético mundial, tensões geopolíticas recorrentes". Apesar de o BC manter a previsão de que a gasolina não deve ter elevação de preços no mercado doméstico este ano, a ata observa que a alta do petróleo se transmite à economia "tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto pela deterioração que termina produzindo nas expectativas de inflação dos agentes econômicos". O barril do petróleo era negociado esta manhã em torno de US$ 110 na Bolsa Mercantil de Nova York, nível recorde histórico. Em janeiro (dias 22 e 23), quando o Copom se reuniu, o petróleo ainda era negociado na casa de US$ 90 o barril.

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