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BC projeta inflação de 6,7% para 2000

Segundo o relatório do Banco Central, uma maior projeção da inflação para 2000 se deve ao aumento dos alimentos e combustíveis que ocorreram no terceiro trimestre do ano. A expectativa era de 5,6% e foi para 6,7% para o ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje, pela manhã, o Banco Central divulgou o relatório de inflação de setembro. As principais considerações foram com relação as perspectivas para a inflação nesse ano e para 2001e os fatores que proporcionaram a análise. Para o ano, se a taxa básica de juros - Selic - permanecer em 16,5%, a inflação deve fechar em 6,7% em 2000. A projeção anterior feita no mês de junho era de 5,6% . A projeção para 2001, porém, foi reduzida de 3,9% no relatório anterior para 3,7% . As pressões inflacionárias ocorridas em julho e agosto por parte do aumento dos alimentos devem ter seu ritmo enfraquecido a partir deste mês. Segundo o relatório, essa alta dos alimentos somada à elevação dos combustíveis e tarifas de serviços públicos contribuíram para elevar tanto a taxa de inflação, como seu núcleo no terceiro trimestre do ano. Outro fator a ser destacado são as incertezas com relação ao preço do petróleo no mercado internacional. Os aumentos nos preços dos derivados do óleo ocorridos no terceiro trimestre deste ano ultrapassaram a expectativa por conta da inesperada elevação de preço do álcool combustível, que afetou o preço da gasolina ao consumidor. Além disso, a persistência de altas nas cotações internacionais do petróleo justifica a expectativa de pressão adicional nos preços domésticos. A inflação foi pressionada pelo aumento dos alimentos e combustíveis O relatório conclui que o aumento da projeção central da inflação para 2000 é explicado pela convergência do aumento dos preços dos alimentos e combustíveis aliado à queda dos juros de 17,5% ao ano para 16,5% ao ano. Porem, o relatório do BC constatou que houve uma menor propagação dos aumentos para outros produtos, o que contribui para uma queda da inflação em 2001. O relatório observa que o efeito dos choques nos preços do petróleo e dos alimentos, uma vez reconhecidos como temporários, tem se dissipado com rapidez e parece alterar pouco as expectativas.

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