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BC prorroga dedução de compulsório em compra de ativos

Dedução, prorrogada para 30 de dezembro de 2011, foi inicialmente adotada no auge da crise financeira internacional, de modo a garantir liquidez para bancos pequenos e médios

Por Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

O Banco Central decidiu prorrogar para 30 de dezembro de 2011 a medida que permite aos bancos deduzirem do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo operações de compra de ativos e depósitos interfinanceiros (DI) de outros bancos. A medida foi inicialmente adotada no auge da crise financeira internacional, de modo a garantir liquidez para bancos pequenos e médios. Atualmente, só as operações com instituições pequenas (patrimônio de referência de R$ 2,5 bilhões) são contempladas pelo benefício.Os bancos que adquirem ativos (como carteiras de crédito) e depósitos interfinanceiros de instituições de menor porte podem deduzir até 36% do recolhimento que teriam de fazer junto ao Banco Central. Para a autoridade monetária, a prorrogação da medida é positiva não só para os bancos pequenos, que ficam com maiores possibilidade de obtenção de recursos, mas também para os bancos de maior porte, que, ao adquirirem esses ativos têm uma rentabilidade maior do que se deixassem o dinheiro parado no BC.   Estoque

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O estoque atual de deduções de recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo é de R$ 29,3 bilhões, segundo informou o Banco Central. Esse valor que deixou de ser recolhido por conta do incentivo à compra de ativos (como carteiras de crédito) e depósitos interfinanceiros não teria que ser imediatamente depositado no BC se o incentivo acabasse em 30/6, como estava previsto. É que os contratos celebrados não deixam de ter validade, ou seja, os recolhimentos só ocorreriam ao fim de cada um dos contratos, conforme seus prazos.

A prorrogação para 30 de dezembro anunciada hoje pelo BC permite que novos contratos entre os bancos sejam celebrados. Segundo a autoridade monetária, essa foi a oitava prorrogação da medida, tomada inicialmente como forma de enfrentar o desaparecimento da oferta de dinheiro no sistema financeiro.

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