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BC só aceitará ativos de baixo risco em empréstimos a bancos

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Por Redação
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O Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou nesta quinta-feira que o Banco Central poderá emprestar recursos aos bancos por um período de até 360 dias e aceitar como garantia apenas ativos considerados de baixo risco. As definições constam da regulamentação da medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana que autorizou o BC a oferecer empréstimos a bancos em dificuldades. Os empréstimos poderão ser feitos, em reais, por meio da compra de carteiras de empréstimo das instituições, com o compromisso de revenda, ou em moeda estrangeira. No caso da compra das carteiras, o custo do empréstimo será correspondente à Selic, mais um adicional a ser definido pelo BC, determinou o CMN --composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do BC-- em reunião extraordinária. Os ativos que os bancos terão de repassar ao BC como garantia aos empréstimos terão de ser sempre superiores ao financiamento que receberão --os limites variam de 120 por cento a 170 por cento, dependendo do nível de risco de suas carteiras. O BC só poderá aceitar créditos considerados de baixo risco --com classificação AA, A e B. Em caso de inadimplência, as carteiras de empréstimos ficarão com o Banco Central. Para os financiamentos em moeda estrangeira, a autoridade monetária aceitará como garantia títulos soberanos brasileiros em dólares, ou papéis de outros países com classificação mínima A. A mudança nas regras de empréstimo do BC aos bancos foi definida em resposta à crise financeira global, que reduziu drasticamente as alternativas de financiamento para as instituições financeiras, especialmente as de pequeno porte. O BC já concede atualmente empréstimos aos bancos, em operações conhecidas como redesconto, mas são financiamentos de curtíssimo prazo, geralmente de apenas um dia. (Reportagem de Isabel Versiani; Edição de Alexandre Caverni)

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