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BC tem prejuízo de R$ 2 bi com operações de dólar em maio

No ano, as perdas do BC estão acumuladas em R$ 4,605 bilhões. A razão dos prejuízos é valorização do real ante o dólar, que acumulou 5% no mês passado

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Por Redação
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As operações de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro) deram um prejuízo ao Banco Central (BC) de R$ 2,088 bilhões em maio. A perda, divulgada hoje na página da instituição na internet, é a maior desde os R$ 2,853 bilhões de junho do ano passado. Nos primeiros 15 dias deste mês, os prejuízos com o swap cambial já estão acumulados em R$ 528 milhões. No ano, as perdas estão acumuladas em R$ 4,605 bilhões. A razão dos prejuízos é valorização do real ante o dólar. Em maio, o real teve uma alta de 5,08% e caiu abaixo dos R$ 2,00 já no dia 15. Neste mês, a valorização acumulada até o dia 15 estava em 1,91%. A última vez que o BC interveio no mercado de câmbio com a realização de um leilão de swap cambial reverso foi no dia 1º de junho, quando vendeu ao mercado US$ 1,5 bilhão em contratos de swap cambial reverso. Entenda a operação O swap cambial é uma operação entre dois investidores. Um deles assume o compromisso de pagar ao outro a variação do dólar de determinado período. Em troca, recebe como pagamento uma determinada taxa de juros. Quando a alta do dólar é maior do que a do juros, o investidor que vendeu os contratos sai no prejuízo, já que terá que pagar a variação do dólar maior do que receberá em juros. Ao contrário, se a variação da moeda norte-americana é menor, ele ganhará mais com os juros do que deverá pagar como oscilação do dólar. Até o ano passado, o Banco Central assumia a posição deste investidor. Ou seja, ele pagava a variação do dólar e recebia o pagamento de uma taxa de juros. Com isso, ofertando ativos em moeda norte-americana, ele aumentava a oferta e impedia a alta do dólar frente ao real. Mas, como o real começou a se apreciar frente ao dólar, o BC inverteu a sua posição. É o chamado contrato de swap reverso, em que o investidor paga ao BC a variação do dólar e recebe em troca uma taxa de juros.

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