O Banco Central, não só na gestão de liquidez como na gestão da política monetária, está totalmente sintonizado no sentido de proteger o Brasil dos efeitos da crise, afirmou o presidente da autoridade monetária, Henrique Meirelles, durante o painel "O Brasil e a Crise Global - Como o país está superando a atual turbulência", em Nova York. "Dentro de uma postura de preservação da estabilidade econômica e de estabilidade de preços estamos engajados nesta política e fazendo com que a economia brasileira possa, segundo a nossa expectativa, sair da crise um pouco mais rapidamente do que a média e, possivelmente, crescer mais que a média mundial", acrescentou.
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O presidente do BC citou para a plateia, que incluía o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a taxa de juro real no mercado interbancário está em 5,3% "no menor nível da série registrada no Brasil. Já é uma taxa que impulsiona a economia". Também, reconheceu Meirelles, "indica a expectativa do mercado com relação ao Banco Central. Não vou comentar mais a esse respeito. O importante é que o Brasil está tomando todas as medidas".
Meirelles reconhece que o crédito está se recuperando, "mas ainda existe trabalho a fazer nesta área", acrescentou. Sobre a demanda, Meirelles disse que a população do Brasil estava com uma capacidade aquisitiva maior no momento da quebra do Lehman Brothers, que provocou o agravamento da crise internacional, em meados de setembro.
O presidente do BC voltou a citar bom nível de capitalização dos bancos brasileiros, bem como, adequação de capital, além de destacar as medidas que o BC tem adotado para injetar liquidez para melhorar a falta de liquidez, como, por exemplo, a liberação de reservas para o sistema para credito de empresas, venda de dólar no mercado a vista, entre outras.