MENOS INFLAÇÃO
Pela ata, o BC reduziu sua projeção para a inflação, sem informar os valores, tanto para 2014 quanto 2015 pelo cenário de referência. No entanto, informou que elas continuam acima do centro da meta.
Diretores do BC têm dito que a recente inflação dos alimentos é temporária, balizando a decisão de parar de subir os juros. Mas, por outro lado, demonstram forte preocupação com a inflação dos preços administrados. Na ata, o BC manteve o cálculo de que ela ficará em 5 por cento neste ano.
O BC elevou suas contas sobre os preços das tarifas de energia elétrica neste ano, com alta de 11,5 por cento, ante 9,5 por cento. Por outro lado, passou a ver queda de 4,2 por cento nos preços na telefonia fixa, sobre estabilidade vista até então.
"Nos últimos doze meses as condições monetárias foram apertadas, mas o Comitê avalia que os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar", trouxe a ata do Copom.
No documento anterior, de abril, a autoridade monetária havia dito que os efeitos da política monetária sobre a inflação eram "cumulativos" e se manifestavam "com defasagens", e que "parte significativa" dos efeitos das altas da Selic estava para acontecer.
"É uma ata de quem parou (de subir juros) e de quem quer ficar parado por algum tempo. A não ser que tenha uma reversão de cenário", afirmou o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.