Publicidade

BCE está pronto para agir sobre riscos aos preços

Por Carolina Ruhman
Atualização:

O Banco Central Europeu (BCE) afirmou hoje em seu relatório mensal de janeiro que está comprometido em agir preventivamente para conter os riscos de alta dos preços e os efeitos secundários sobre eles. O BCE destacou que os riscos de alta para os preços no médio prazo estão "completamente confirmados". "Estes riscos incluem a possibilidade de que o crescimento mais forte do que o esperado dos salários surja. Além disso, o poder das empresas de definir os preços - particularmente nos segmentos do mercado com baixa competição - pode ser mais forte do que o esperado", disse o BCE. O relatório reforça a mensagem do Conselho do banco dada na semana passada de que o BCE não vai tolerar os efeitos secundários, que correspondem à transmissão dos preços elevados de petróleo e alimentos, para os preços gerais aos consumidores. Segundo o BCE, as atuais altas taxas de inflação podem continuar elevadas por um período mais longo do que o previsto. Ancorar as expectativas com a inflação no médio e longo prazo é uma das "maiores prioridades" para o Conselho do BCE, que define a estabilidade dos preços como uma taxa de inflação abaixo, mas perto de 2% no médio prazo. Zona do euro Os fundamentos econômicos do bloco de 15 países que compartilham o euro continuam "sólidos" e "a lucratividade tem sido sustentada, o crescimento do emprego tem sido robusto", disse o relatório, destacando que o desemprego caiu aos menores níveis dos últimos 25 anos. O relatório repetiu que a visão de que a zona do euro vai crescer perto de sua taxa potencial continua sendo o principal cenário para o banco. No entanto, a avaliação econômica está sujeita a riscos de baixa, que incluem o impacto incerto da turbulência recente dos mercados sobre a economia real. O BCE vai portanto "monitorar com muito cuidado todos os desdobramentos", disse. O BCE também destacou que o crescimento monetário e de crédito continua "muito vigoroso". As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.