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BCs discutem impactos globais da crise imobiliária

Por ANDREI NETTO
Atualização:

O segundo e último dia da reunião de presidentes de bancos centrais teve início na manhã de hoje, na Basiléia, Suíça. O tema central dos debates de hoje, que reúnem autoridades monetárias de países industrializados e emergentes, deve ser o impacto global da crise dos mercados imobiliários dos Estados Unidos e da Europa. As atividades tiveram início com um café da manhã e devem prosseguir até o início da tarde, quando o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, também coordenador do grupo, fará um balanço público da reunião e uma avaliação dos rumos da economia internacional. Outro tema a ser abordado hoje deve ser a perspectiva de pressão inflacionária causada pela elevação de custos agrícolas e dos preços de commodities como o petróleo, que na semana passada atingiu a barreira história - e simbólica - de US$ 100 por barril. Ontem, as discussões giraram em torno dos rumos da crise, iniciada em agosto, nos Estados Unidos e na União Européia. As autoridades monetárias não descartaram uma nova ação conjunta do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), do BCE e de bancos centrais da Inglaterra, Suíça e do Canadá para conter a crise. Uma primeira reação coordenada dessas autoridades monetárias foi anunciada em 12 de dezembro passado, com a injeção de US$ 60 bilhões por parte do Fed, de US$ 20 bilhões por parte do BCE e de US$ 4 bilhões por parte do Banco Nacional da Suíça. A participação eventual de bancos centrais de países emergentes, como o Brasil, foi praticamente descartada. "Pode haver um entendimento entre o Fed e o Banco Central Europeu, mas para o resto do mundo não deve haver necessidade de participação", disse um presidente presente aos debates. O Brasil teria sido mais uma vez elogiado no primeiro dia de reuniões na Basiléia. Na reunião do BIS na África do Sul, presidentes de BCs fizeram referências à solidez econômica do país frente à crise imobiliária. Na Basiléia, representantes de grandes bancos privados também teriam demonstrado satisfação pela performance brasileira em 2007.

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