
26 de novembro de 2013 | 12h52
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira, 26, que o Brasil "está saindo bem na foto" e tem tido crescimento um pouco melhor que parte dos países. "Estamos em trajetória de recuperação de crescimento", afirmou.
O crescimento previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para o PIB (produção de bens e serviços) brasileiro para este ano é de 2,5%. Nos Brics, a China deve avançar 7,6%; e a Índia, 4,0%. África do Sul e Rússia têm crescimento estimado inferior ao do Brasil: 2,0% e 1,5%, respectivamente.
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Na América do Sul, entre as economias mais relevantes, praticamente todas têm projeções de crescimento do FMI mais otimistas para este ano: Peru, de 5,4%; Bolívia, de 5,4%; Chile, de 4,4%; Colômbia, de 3,7%; e Argentina e Uruguai, de 3,5%. No continente, apenas a conturbada Venezuela, com 1,0% de expansão prevista, satisfaz o comentário de Mantega.
Ao lado do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mantega disse que a indústria sofreu impacto do contexto ruim da economia mundial neste ano.
"O contexto internacional foi ruim em 2013. Falo 'foi' porque quase já passou. Falta um mês pra terminar o ano e o comercio internacional não nos ajudou, principalmente a indústria, que depende muito desse comercio", disse. O ministro acrescentou que a indústria terá crescimento neste ano.
Mantega afirmou, ainda, que o Brasil tem projetos atraentes para apresentar aos investidores. "O investimento está sendo bom, vai crescer 5% ou 6% em relação a ano anterior, e será dinamizado pelas concessões que estão se realizando", disse. Ele acrescentou que é muito importante a viabilização dessas concessões e classificou de "importante" a demanda pela BR-163. "Os investidores estão vindo e continuarão vindo para viabilizar o programa de concessões", disse.
O ministro disse que, dentro do programa das concessões, ainda haverá "duas ou três estradas" e a 12ª rodada de gás neste ano. "O Brasil tem gás de xisto e poderá promover investimento", afirmou. As concessões que não forem feitas neste ano, segundo Mantega, terão continuidade no ano que vem. "De forma que até o fim de 2014 todas as concessões já estejam produzindo investimento no pais"
"O investimento será o principal polo de atração do investidor e de crescimento da economia", disse. "Poderemos fechar o ano com desempenho razoável, com cenário mudando para melhor", concluiu. Mais cedo, Mantega participou de reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que foi fechada à imprensa.
Inflação. Mantega afirmou que o País deve terminar o ano com inflação "muito semelhante à do ano passado, abaixo do limite da meta". No ano que vem, segundo ele, a inflação pode ser melhor. "Principalmente se não houver choque de alimentos, seca nos EUA e problemas climáticos, que são causas que têm pressionado inflação. Vamos torcer e trabalhar para aumentar a oferta de alimentos e de produtos, de modo a manter a inflação sempre controlada", disse. O ministro afirmou, ainda, que a inflação está controlada e que nunca deixou de sair do controle.
Mantega afirmou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado uma prévia para a inflação oficial (IPCA), teve resultado abaixo do esperado pelo mercado em novembro. A alta foi de 0,57% em novembro, após subir 0,48% em outubro.
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