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Bens de capital pedem incentivos

Por AE
Atualização:

De olho nas obras de infra-estrutura que o País precisa fazer, a indústria de bens de capital sob encomenda pede ao governo medidas de política industrial que ajudem o setor a enfrentar a concorrência dos produtos importados, que já dominam mais de 30% do mercado brasileiro. Os fabricantes dos chamados equipamentos pesados alegam que diversos fatores, como condições ruins de logística, tributação elevada e custo de capital mais alto, diminuíram as condições de competitividade do produto nacional, fazendo as importações mais que dobrarem nos últimos dois anos. "A situação se agrava a cada ano e o setor precisa ser alvo de uma política industrial corajosa?, afirma Adilson Primo, vice-presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib). "A indústria de equipamentos é um setor vital para suportar o desenvolvimento da infra-estrutura e da economia, mas a perda de competitividade sistêmica que temos constatado pode prejudicar a execução de programas importantes como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)." Segundo a Abdib, a carga de impostos indiretos sobre as empresas instaladas no País chega a 31,2%, enquanto na China esse peso é de 17% e no México, de apenas 15%. O custo de exportação de um contêiner, que na China não passa de US$ 335, aqui atinge US$ 895. Até mesmo a Índia, país cujas condições de infra-estrutura são piores que as do Brasil, tem um custo menor, de US$ 864 por contêiner exportado. Na China, nosso principal concorrente no mercado interno, o custo de financiamento para projetos de investimento varia de 3% a 5% ao ano. Para projetos prioritários, o custo é zero. No Brasil, esse custo pode atingir 11%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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