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Bernanke pede ação 'urgente' para corrigir sistema financeiro

Presidente do Fed discursa no dia em que se completa um ano da quebra do banco Lehman Brothers

Por Efe
Atualização:

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, pediu nesta terça-feira, 15, ações "urgentes" para corrigir as debilidades "estruturais" da regulação do sistema financeiro, de modo a não repetir uma crise como a atual.

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Bernanke deu tais declarações na sede da Brookings Institution, um centro de estudos independente, no dia em que se completa um ano da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers.O titular do Fed disse hoje que, após uma contração "drástica" da economia, a recessão aparentemente chegou ao seu limite nos EUA e no resto do mundo, "e as perspectivas para uma volta ao crescimento parecem ser boas".Mesmo assim, Bernanke alertou que as condições financeiras continuam "sob alta pressão"."Tensões persistem em muitos mercados financeiros no mundo todo, as instituições financeiras enfrentam perdas adicionais significativas e muitas empresas e famílias continuam experimentando uma dificuldade considerável para ter acesso ao crédito", apontou.Por isso, o presidente do Fed concluiu que a recuperação deve ser "relativamente lenta no início, e o desemprego cairá gradualmente" nos Estados Unidos.O responsável pelo banco central americano aproveitou para pedir uma reforma nas normas do sistema financeiro, assim como o fez o presidente dos EUA, Barack Obama, em discurso que fez na segunda-feira em Nova York."Devemos encarar urgentemente as debilidades estruturais do sistema financeiro, em particular no marco regulador, para garantir que não sofreremos de novo os custos enormes dos últimos dois anos", disse Bernanke.O presidente do Fed também falou que a história econômica mostra que, no passado, as autoridades responderam de forma "lenta e inadequada" às crises econômicas. Agora, segundo ele, houve uma reação "rápida e enérgica" no mundo todo.Segundo Bernanke, a situação atual demonstra o impacto "enorme" de uma crise bancária sobre a economia e ressalta que os transtornos financeiros "não conhecem fronteiras".

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