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Bernanke se mostra otimista

Presidente do Fed diz que os EUA saem mais fortes de tempos difíceis

Por AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Atualização:

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, recorreu ontem a um discurso confiante sobre a economia dos Estados Unidos, durante aula magna feita a um grupo de formandos da Escola de Direito da Universidade Boston. Segundo Bernanke, os Estados Unidos sempre saem mais fortes de períodos difíceis. "Normalmente, as coisas encontram uma forma de se resolver", garantiu. Apesar das previsões negativas que apontam para a ampliação do desemprego no país, mesmo depois que a economia voltar a crescer, Bernanke preferiu o tom otimista ao discursar para estudantes que estão prestes a entrar no mercado de trabalho no pior momento em décadas. O presidente do Fed os aconselhou a se preparar, manter o otimismo, ser flexíveis e até ousados. Bernanke admitiu que o mercado de trabalho passa por um momento de fragilidade e as condições econômicas estão "deterioradas". Mas garantiu que o Fed está tratando de "restaurar a prosperidade econômica" do país. "Ampliar as oportunidades econômicas são o foco central dos nossos esforços", disse. Bernanke rebateu o ceticismo crescente contra o país. "Há muito pessimismo hoje sobre o futuro da economia americana e o seu papel no mundo", disse, lembrando que isso ocorre toda vez que a economia está fraca. Mas ele se apoiou na história para afirmar que "a economia vai se recuperar". Ele lembrou que, após à Grande Depressão, o país voltou à prosperidade e à liderança global e o mesmo ocorreu após à crise do petróleo, em 1970. "Temos muitas forças fundamentais para ficarmos muito tempo afortunados", disse ele. "O humor será clareado", completou. Grande parte do discurso de Ben Bernanke foi dedicado às suas próprias experiências acadêmicas, como forma de dar um exemplo aos estudantes, num raro momento em que ele assumiu um tom mais pessoal para discursar em público. O presidente do Fed se negou a entrar em detalhes sobre a economia e admitiu que a luta contra a pior crise financeira atravessada pelos Estados Unidos desde 1930 tem "dominado todas as horas do dia", durante os últimos 21 meses.

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