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Bernardo afirma que criar fundo externo é necessidade

Ministro ponderou que o BNDES tem hoje uma atividade grande de suporte para as empresas brasileiras

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Por Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, informou nesta quinta-feira, 29, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou a equipe econômica a ajudar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no esforço de ampliar a sua capacidade de financiamento das empresas em 2008. Segundo o ministro, uma das propostas é a criação de um fundo internacional para o BNDES financiar suas operações no exterior. Paulo Bernardo afirmou que a criação desse fundo é uma necessidade. Ele ponderou que o BNDES tem hoje uma atividade grande de suporte para as empresas brasileiras, financiando a exportação de serviços e também a incorporação e aquisição de companhias no exterior. "O que nós percebemos é que há uma demanda grande deste tipo", disse. O ministro evitou antecipar como este fundo vai funcionar e as suas diferenças em relação à discussão em torno do fundo soberano que o Brasil pretende criar. Ele disse que esse fundo internacional iria ajudar o BNDES a atender à demanda de financiamento prevista para 2008. Em 2007, segundo Bernardo, vai financiar R$ 63 bilhões e já tem uma previsão de demanda, boa parte já contratada, de cerca de R$ 80 bilhões para 2008. "Temos que ter um grande fluxo para reforçar o funding (a capacidade de financiamento) do BNDES", declarou. Bernardo afirmou que uma das idéias em estudo para reforçar o funding do BNDES é autorizar o banco a não repassar ao Tesouro Nacional os dividendos relativos ao lucro do banco em 2006 e 2007. Esse dinheiro ajudaria a ampliar os recursos do BNDES para empréstimos em 2008, expandindo os investimentos. Bernardo calculou em R$ 8 bilhões o montante de dividendos que o banco teria que repassar ao Tesouro. Ele disse que essa medida, no entanto, depende ainda de uma avaliação financeira. "Se eu perder uma receita muito importante, não poderei fazer isso", disse o ministro, referindo-se à discussão sobre a prorrogação da vigência da CPMF até 2011. Bernardo informou que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, quer ficar com todos os dividendos. Em 2006, o governo autorizou o BNDES a não transferir os dividendos.

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