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Bernardo: crédito deve subir, mas não em nível explosivo

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Por Célia Froufe (Broadcast)
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O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse hoje que a oferta de crédito no País vem crescendo aceleradamente nos últimos anos e que em 2007 atingiu 32% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, o intuito do governo é continuar promovendo a expansão do crédito, mas não em nível "explosivo" e que não se sustente. "Na verdade, hoje estamos atuando para reduzir um pouco esta taxa", afirmou, durante a conferência "O Impacto do Brasil na Economia Global", promovida pela Sociedade Americana (Americas Society) e o Conselho das Américas (Council of the Americas) em conjunto com o Movimento Brasil Competitivo. Bernardo disse que a missão do governo é manter os fundamentos macroeconômicos, promovendo políticas monetárias e fiscal severas, ajustes, inflação controlada e continuar a fazer investimentos. Neste ponto, ele disse acreditar que os investimentos do País em 2008 devam continuar a crescer no mesmo ritmo dos últimos anos, em torno de 14%. Para uma platéia formada em grande parte por estrangeiros, o ministro afirmou que é visível uma avaliação mais positiva do País por parte de quem vive fora do que quem mora no Brasil. "É difícil explicar o porquê disso. Certamente, avançamos muito, mas reconhecidamente temos muito caminho a percorrer", disse citando fragilidades no setor de segurança pública e deficiências no sistema de saúde e educacional. Porém, o ministro se disse muito otimista em relação ao futuro do País. Ele destacou que o Brasil passou "completamente ileso" pela questão da crise de crédito no mercado hipotecário dos Estados Unidos, que se alastrou para os mercados financeiros de todo o mundo. "Quem diria que o Brasil iria passar por uma situação como esta desta forma?" Alimentos Para Bernardo, o Brasil deve ver a atual crise dos preços dos alimentos como uma grande oportunidade para o País. "Estamos muito preocupados com isso (a alta dos preços dos alimentos) e queremos que o Brasil se torne cada vez mais um grande produtor", disse. Para ele, o atual cenário reforça o papel do País como grande exportador. "É algo natural (para o Brasil se tornar um produtor maior). É fácil fazer isso se fizermos as coisas certas."

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