11 de novembro de 2009 | 12h59
Segundo ele, no passado, os bancos faziam sua margem de lucro emprestando para o setor público com altas taxas de juros e, por isso, não tinham interesse em alargar seus horizontes e emprestar para empresas e pessoas físicas. O ministro disse que, desde 2003, o presidente Lula tem dito que é preciso aumentar o crédito e perseguir taxas mais baixas de juros. Ele afirmou que a criação do crédito consignado foi um grande avanço porque ajudou a baixar os juros cobrados pelo mercado. Ele disse que hoje mais de R$ 100 bilhões foram emprestados por meio do crédito consignado, uma ideia, segundo ele, que foi trazida ao governo pelos sindicalistas.
"Hoje temos taxas bem menores e acho que dá para fazer um esforço ainda maior", disse o ministro, que participou da cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para a oferta de fundos de investimento com característica de previdência privada (VGBL e PGBL) para servidores públicos. Bernardo disse que não se justificam mais taxas de juros elevadas porque a inadimplência é baixíssima.
Por outro lado, o ministro disse que o governo dificilmente conseguirá atingir a meta, também fixada no dia do lançamento do PAC, de atingir 21% do PIB em investimentos no final de 2010. "Aparentemente, ficou mais difícil atingir este patamar", declarou. Bernardo lembrou que, com a crise financeira internacional, os investimentos privados foram reduzidos. Ele disse que já há previsões, como a do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, de que os investimentos ficarão em 19% do PIB neste ano, o mesmo patamar de 2008. Por isso, a meta de atingir 21% do PIB em 2010 estaria prejudicada.
Ao ser questionado se o governo conseguiria realizar todo o PAC este ano para abatimento da meta de superávit primário, Bernardo disse que não há problemas na execução das obras, mas tem dúvidas se todo o PAC poderá ser abatido da meta. Ele explicou que o abatimento só poderá ocorrer do valor desembolsado, ou seja, efetivamente pago, e algumas obras estarão apenas contratadas.
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