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Bernardo: 'não queremos esculhambar a economia'

Por Renata Veríssimo
Atualização:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje, ao chegar para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que o governo já adotou várias medidas desde o início do ano para combater a inflação. Ele lembrou que o Banco Central tem elevado os juros básicos, que o governo aumentou o superávit primário, além de ter adotado medidas de restrição ao crédito (aumento do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF). "Nós queremos combater fortemente a inflação, mas também não queremos esculhambar a economia", disse o ministro, que decidirá hoje na reunião do CMN, junto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do BC, Henrique Meirelles, a meta de inflação para 2010. O ministro disse que é preciso esperar o resultado das medidas já adotadas para, na seqüência, se necessário, adotar outras medidas. Questionado se o governo estava preocupado com a volta da indexação, Bernardo evitou responder. Ao ser lembrado da política de recomposição do salário mínimo, que prevê reajustes anuais acima da inflação, o ministro disse que não se trata de indexação do salário mínimo. "O salário mínimo tem subido em função da inflação e do PIB, mas não está indexado", afirmou. Ao ser novamente questionado se isso não era perigoso, Bernardo respondeu: "se achássemos perigoso, não teríamos mandado o projeto para o Congresso". Em relação à pesquisa CNI/Ibope, que mostrou queda na aprovação ao presidente Lula, de 73% para 72%, o ministro ironizou: "mesmo sendo analfabeto em estatística, como o meu caso, (isso) indica que é só uma variação dentro da margem de erro da pesquisa; portanto é difícil afirmar que caiu e a avaliação do governo é boa".

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