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Berzoini critica relatório de escritório ligado ao FMI

Berzoini criticou o FMI, a quem o jornal Folha de S. Paulo atribui o relatório. Mas o texto não é do Fundo.

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/eleicoes2002/governolula/ticker.inc"; ?>O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, criticou hoje um documento divulgado ontem que contém críticas ao governo Fernando Henrique por não ter pressionado politicamente o Congresso para aprovar as reformas essenciais ao País. "Acho que o FMI deve dar menos opiniões sobre o Brasil e deixar os brasileiros darem opinião", afirmou o ministro, ao chegar ao Palácio do Planalto para a solenidade de lançamento do Fórum Nacional do Trabalho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Berzoini sugeriu que o FMI faça uma avaliação de sua própria atuação. "O FMI deve dar mais opinião sobre os erros que cometeu na América Latina e em muitos processos de crise onde eles (os técnicos do Fundo) indicaram políticas equivocadas", afirmou, completando: "Pessoalmente, não ligo para a opinião do FMI". O relatório a que Berzoini fez referência foi atribuído pelo jornal Folha de S. Paulo, em sua edição de hoje, ao FMI. Na verdade, o relatório ? que contém trechos que já haviam sido divulgados anteriormente ? foi elaborado pelo escritório de avaliação independente contratado pelo FMI para servir como uma espécie de ombudsman das ações do Fundo. Os relatórios desse escritório independente não refletem, necessariamente, as opiniões do FMI. O relatório diz que o Fundo errou em algumas avaliações a respeito do Brasil, e faz críticas à equipe do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirmando que o governo manteve políticas fiscais e monetárias "frouxas", e que não pressionou politicamente o Congresso a aprovar as reformas da Previdência e tributária. O deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA) disse que não procedem as críticas do relatório. Para o parlamentar tucano, Fernando Henrique agiu no limite, e que se o relatório considera frouxa a política fiscal adotada, "que já foi quase letal para o País", deve estar "adorando" a política do atual governo, "que é muito mais restritiva". Madeira participa de reunião do líder do partido, Jutahy Jr, com o colégio de vice-líderes para discutir a posição do PSDB com relação a proposta de reforma da Previdência, aprovada pela comissão especial.

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