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Berzoini espera 1,8 milhão de novos empregos no ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, afirmou hoje, em entrevista, que, em face dos números positivos do mercado de trabalho formal - 130.159 novas vagas em outubro e 1.796.347 nos dez meses de 2004 - mantém sua previsão de que o ano feche com um saldo líquido de 1.800.000 novos empregos. Essa expectativa de um número menor de novos postos de trabalho na média do ano em relação aos dez primeiros meses se deve ao fato de que os meses de novembro e dezembro habitualmente são negativos para o emprego, por causa das demissões que ocorrem na indústria. As demissões se devem ao fato de que, em novembro e dezembro, o setor já produziu o que teria de produzir para o final do ano. Em dezembro de 2003, por exemplo, houve perda de 299.918 empregos com carteira assinada, no mercado em geral, principalmente na indústria. O ministro Berzoini disse ainda que está otimista em relação à redução da taxa de desemprego que deve ser divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta semana. O ministro do Trabalho disse que sua expectativa para 2005 é a de um desempenho favorável do mercado de trabalho. Berzoini destacou que, apesar dos números positivos nos dez meses de 2004, é necessário que o Brasil mantenha a atividade produtiva em 2005, pois ainda há milhões de desempregados. O ministro disse contar com a aprovação, para o próximo ano, de um orçamento 30% maior do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as áreas de habitação, saneamento e infra-estrutura básica. O orçamento do FGTS deste ano, de R$ 7,5 bilhões, deve saltar para R$ 10 bilhões em 2005, adiantou Berzoini. Economia Ele disse que espera para o próximo ano uma reversão da tendência de alta dos juros. Segundo o ministro, a elevação dos juros básicos promovida pelo Banco Central ainda não afetou o mercado de trabalho, mas, se os juros continuarem aumentando, comprometerão o desempenho do emprego, porque mexem com as expectativas de crescimento e consumo. "É preciso combinar a política monetária com os objetivos sociais", afirmou.

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