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Big Mac no Brasil é o mais caro do mundo, aponta índice

Levantamento feito pela The Economist mostra que o preço do sanduíche deveria ser R$ 12,84 e não R$ 16,90, como é hoje; apesar do preço alto, taxa de cambio implícita mostra que moeda está subvalorizada

Por Jéssica Alves
Atualização:

Nova pesquisa do índice Big Mac, realizada pela revista britânica The Economist e divulgada na última quarta-feira, 11,mostra que o principal sanduíche da rede de fastfood McDonald's no Brasil é o mais caro do mundo. Segundo o levantamento, o Big Mac no Brasil custa R$ 16,90, mas deveria custar R$ 12,48, ou seja, 41% a menos do que o preço americano de US$ 5,51. A comparação leva em conta o preço do sanduíche ajustado pela riqueza produzida pelos habitantes (PIB per capita).

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Big Mac é 20% mais barato no Brasil (US$ 4,40) do que nos Estados Unidos (US$ 5,51) Foto: Divulgação

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A partir da ideia de que o McDonald's se esforça para produzir sanduíches idênticos ao redor do planeta, com os mesmos ingredientes e métodos, a revista britânica usa o preço do item mais conhecido do cardápio, o Big Mac, para avaliar a taxa de câmbio pelo mundo e o poder de compra entre os Estados Unidos e outros países. 

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O ajuste pelo PIB per capita leva à critica de que a média dos hambúrgueres deveria ser mais barata nos países pobres do que nos ricos, já que os custos do trabalho são mais baixos.

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Hoje, um Big Mac é 20% mais barato no Brasil (US$ 4,40) do que nos Estados Unidos (US$ 5,51), de acordo com o índice. Mas com base nas diferenças observadas pelo PIB per capita, o sanduíche em terras brasileiras deveria custar 41% a menos do que nos EUA, ou seja, R$ 12,48 (US$ 3,25), de acordo com o levantamento com a taxa de câmbio real de R$ 3,84.

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Subvalorizado. Sem o ajuste do PIB, comparando apenas os preço de R$ 16,90 no Brasil e US$ 5,51 nos Estados Unidos, a taxa de câmbio implícita do Big Mac é de R$ 3,07. A diferença entre esta e a taxa de câmbio real, R$ 3,84, sugere que o real está desvalorizado em 20,1%, o pior nível desde janeiro de 2016 (-32%), aponta o índice.

Na economia real, para se ter uma ideia, o dólar fez uma escalada no primeiro semestre deste ano e avançou 17% frente a moeda brasileira. 

A comparação feita pela The Economist aponta para onde as taxas de câmbio deveriam ir para chegar a equidade de preço de uma cesta de produtos em diferentes países. Neste caso, se o custo local de um sanduíche é superior ao preço nos EUA, de US$5,51, a moeda está sobrevalorizada, ou cara. Se o preço local é inferior a esse nível, a moeda está subvalorizada, ou barata. 

Em janeiro deste ano, o real estava subvalorizado em 3,2%, de acordo com a mesma pesquisa. Em julho de 2017, ele estava 3,7% abaixo do que deveria estar.

Das 41 moedas acompanhadas pela revista, a mais frágil é a libra egípicia, com uma subvalorização de 68%. Apenas duas estão sobrevalorizadas em relação ao dólar: o franco suíço (+18,8%) e a coroa sueca (+5,8%)./COLABOROU GABRIEL ROCA

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