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BID deve ajudar na infra-estrutura da América Latina

"A América Latina precisa de investimentos da ordem de US$ 80 bilhões ao ano em infra-estrutura", afirmou o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, declarou-se hoje disposto a estudar projetos de infra-estrutura energética no continente latino-americano. O pronunciamento, feito após uma viagem de dez dias pela Europa, relembrou o gasoduto recentemente proposto pela Venezuela. "Por enquanto, não sabemos os detalhes do projeto e não recebemos pedidos de ajuda, mas obviamente o interesse do BID é participar de todos os planos de infra-estrutura, e o Banco está disposto a analisá-lo para financiá-lo", disse. Gasoduto Sul Brasil, Venezuela e Argentina, promotores do chamado "Gasoduto do Sul", de 7 a 8 mil quilômetros de extensão para transportar gás natural venezuelano a outros países da América Latina, devem decidir nos próximos meses a viabilidade do projeto, cujo custo oscila entre US$ 17 e 20 bilhões. Segundo Moreno, ex-embaixador da Colômbia em Washington e presidente do BID desde outubro do ano passado, uma de suas prioridades é o desenvolvimento das infra-estruturas. Segundo ele, este será o tema que centrará a Assembléia Anual do Banco, de 3 a 5 de abril, em Belo Horizonte, junto das resposta às catástrofes naturais. "A América Latina precisa de investimentos da ordem de US$ 80 bilhões ao ano em infra-estrutura", afirmou o colombiano. De acordo com ele, dos US$ 7,1 bilhões em créditos do BID aprovados no ano passado aos Governos latino-americanos, apenas US$ 1,5 bilhão foi para esse objetivo. Livre comércio com a Europa O presidente do BID lembrou ainda os preparativos da cúpula de maio em Viena, na qual a União Européia (UE) deve relançar as relações com os latino-americanos, após muitos anos com a atenção voltada para o leste da Europa. Embora tenha dito não saber sobre o estado das conversas, ressaltou que um acordo entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a UE "seria um ótimo primeiro passo" para avançar nas negociações com os países andinos e centro-americanos.

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