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BID e BNDES estudam linha de crédito para infra-estrutura

Ainda sem data para conclusão, esses estudos indicam que o convênio poderia colocar US$ 1,5 bilhão à disposição da iniciativa privada para projetos

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) anunciaram neste domingo que estudam firmar um Convênio de Linha de Crédito Condicional para o financiamento de investimentos em infra-estrutura e na indústria de insumos básicos. Ainda sem data para conclusão, esses estudos indicam que o convênio poderia colocar US$ 1,5 bilhão à disposição da iniciativa privada para projetos nesses setores. O comunicado explica que esse instrumento já financia projetos de micro, pequenas e médias empresas brasileiras. Alternativas O comunicado conjunto explica que o BID estuda duas alternativas de atuação. Na primeira delas, o banco de desenvolvimento poderia fazer um empréstimo ao BNDES, que repassaria os recursos às empresas privadas, assumindo integralmente o risco das operações. Outra possibilidade seria através de co-financiamentos, estratégia que compartilharia o risco da operação entra as duas instituições. "A alocação do risco cambial poderia se beneficiar da utilização da nova modalidade de financiamento em moeda local aprovada pelo BID no final de 2005", explica o comunicado das instituições. Financiamento atraente De acordo com o BNDES e o BID, a oportunidade do financiamento de projetos em infra-estrutura em reais é "atraente", uma vez que a receita gerada por esses investimentos seria de natureza doméstica, limitando o risco cambial. Nesse sentido, o convênio em discussão estuda a possibilidade de o BNDES sacar os recursos do BID em reais ou divisas, de acordo com a natureza do projeto a ser financiado. Essa alternativa dependeria da oportunidade do BID para captar em moeda local no mercado internacional a um custo inferior ao que o BNDES encontraria. O comunicado explica ainda que essa linha de crédito auxiliaria o Brasil a consolidar um novo ciclo de desafio sustentado que exige a viabilização de investimentos altos, a serem feitos pela iniciativa privada, em infra-estrutura.

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