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BID vai financiar turismo do Brasil

Banco programa destinar US$ 1 bilhão a projetos na Amazônia e em outras regiões, como Nordeste

Por Jamil Chade
Atualização:

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o governo brasileiro vão fechar neste mês um pacote de financiamento para o desenvolvimento do turismo na Amazônia. O acordo deve ser concluído no dia 17, em Washington, e prevê mais de US$ 200 milhões. O BID pretende financiar projetos de turismo no Brasil no total de US$ 1 bilhão, incluindo o Nordeste e outras áreas. Projeção feita pelo governo brasileiro é de que o potencial da Amazônia é de atrair 3 milhões de visitantes estrangeiros por ano. Hoje, são apenas 860 mil. Todo o Brasil recebe cerca de 5 milhões de turistas por ano. Montenegro, um dos menores países da Europa, por exemplo, recebeu no ano passado mais turistas que toda a Amazônia, cerca de 1,2 milhão. O governo diz que a renda do turismo poderá ser fundamental para municípios da região. ''''A Amazônia pode ser um dos principais destinos turísticos do mundo na próxima geração e o Brasil precisa se preparar para isso e cuidar da floresta, inclusive evitando que o cultivo de certos produtos agrícolas gerem danos à região'''', afirmou o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Francesco Frangelli . Nesta semana, ministros e organizações de todo o mundo estão reunidos em Davos, na Suíça, para tentar estabelecer uma estratégia para adaptar o turismo às mudanças climáticas. Para os especialistas, o interesse do mundo por visitar florestas e pelo ecoturismo deve explodir nos próximos anos. O governo deve publicar até o fim do mês um estudo que identifica os principais produtos e locais que a Amazônia poderá oferecer aos turistas. A partir daí, os Estados poderão se candidatar a receber os recursos. O governo federal promete colocar mais US$ 80 milhões no projeto. Grande parte do dinheiro será investida em infra-estrutura. Segundo o secretário de Turismo, José Gonçalo, o governo se reunirá nas próximas duas semanas com companhias aéreas americanas para negociar a criação de rotas entre cidades dos Estados Unidos e Manaus, sem ter de passar por São Paulo ou Rio. ''''A viagem ao Brasil seria bem mais atrativa, já que representaria apenas cinco ou seis horas de vôo, e não todo um dia'''', afirmou. O Brasil também quer atrair europeus e asiáticos.

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