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Bilionário quer ter empresa aérea no Brasil

Por JAMIL CHADE
Atualização:

O bilionário empresário Richard Branson vai abrir uma nova empresa aérea no Brasil. "Estamos negociando o estabelecimento de uma empresa que começará com vôos internos, mas que poderá se transformar em uma companhia com rotas internacionais", disse. Richard Branson ocupa a posição de número 236 no ranking dos homens mais ricos do planeta, segundo a revista Forbes, com uma riqueza estimada em cerca de US$ 8 bilhões, e conseguiu colocar sua marca Virgin em mais de 360 companhias em todo o mundo, inclusive em uma gravadora de discos. Um dos seus empreendimentos mais lucrativos hoje, porém, é o setor aéreo. A companhia Virgin Atlantic Airways tem 51% de suas ações nas mãos de Branson. Os demais estão com a Singapore Airlines. Entre suas rotas mais lucrativas estão as ligações entre a Inglaterra e o Caribe, Estados Unidos, Ásia e Austrália. Nos últimos anos, a empresa ainda montou companhias nacionais, como a Virgin Nigeria. "Queremos algo do mesmo estilo", afirmou o empresário, que ainda não tem uma data para o início das operações da nova companhia. "Será uma espécie de Virgin Brasil", explicou, após reuniões no Forum Humanitário Global, dedicado a lidar com os problemas climáticos e liderado pelo ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. Segundo o bilionário, a intenção, agora, é de entrar no mercado brasileiro, "que sabemos que conta com alguns problemas no setor aéreo". "O Brasil é um mercado muito dinâmico e não demos atenção suficiente no passado. Sabemos que há um grande espaço para crescer diante das dimensões do País e da necessidade do desenvolvimento do setor aéreo para o próprio crescimento do Brasil", afirmou o empresário. Ele prefere não revelar ainda quem será seu parceiro local para a criação da empresa. "Vamos divulgar logo. Estamos em plena negociação", afirmou. Etanol Branson também afirmou que está interessado em investir no setor do etanol no Brasil. Ele já desenvolve modelos de aviões movidos à biocombustível, mas agora quer ir além e também investir na produção. "O etanol de cana-de-açúcar já demonstrou que pode funcionar. Não desmata e não gera aumento do preços de alimentos", afirmou. "Estamos buscando oportunidades para investir nesse setor no Brasil para se tornar um importante produtor", concluiu.

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