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Bird: apreciação de moedas latinas não tem saída fácil

Por Nalu Fernandes
Atualização:

A apreciação de moedas nos países da América Latina caracteriza um dilema experimentado pela região para o qual não há saída fácil, adverte o economista-chefe do Banco Mundial (Bird) para a América Latina e Caribe, Augusto de la Torre. De um lado, a apreciação pode ser nociva para exportações. De outro, pondera o executivo, a apreciação deriva de boas perspectivas econômicas para a região. O executivo reconhece que o dilema relacionado a políticas que poderiam ser adotadas pelos países para administrar a questão do câmbio é muito complicado. "Não temos solução mágica", afirmou em entrevista concedida da sede em Washington. Inflação Com relação à inflação de preços agrícolas, de la Torre estima que a causa tem origem global. Para ele, "a pressão sobre agrícolas, bem como commodities, parece que vai permanecer por algum tempo. O efeito sobre o consumo não está claro", reconhece. No entanto, o economista reconhece que a América Latina tem sido bem-sucedida no controle da inflação. Particularmente na Argentina, o analista julga que acordos para fixar preços "não são sustentáveis", servindo ao controle da inflação apenas por um período limitado. "Manter a inflação baixa depende de combinação entre políticas fiscal e monetária", destacou.

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